Tenho 74 anos e sou dos saudosos e remotos tempos da lambreta. Minha primeira habilitação data de 1961. Através dos tempos e pela metamorfose natural da vida tornei-me motociclista de estrada. Ontem recebí da Yamaha minha nova moto, uma XJ6 (600 cilindradas). Levei meu filho mais velho - que e meu companheiro de estrada - para retirar a moto e ao abastecê-la no posto mais próximo o frentista perguntou se a moto era sua. Quando meu filho disse-lhe que "é do meu pai", o frentista ao vê-lo de cabecinha branca, retrucou: "do seu pai?" num misto de admiração e descrença. Sim, do meu pai, respondeu-lhe. Ainda descrente o frentista perguntou: e ele ainda pilota uma moto desta?" Claro que pilota. Acabamos de chegar de uma viagem de 1.700 kms. onde "perfuramos" os sertões do Ceará, Paraiba, Pernambuco e R.G.Norte. Pagou o abastecimento e saiu. Talvez o frentista tenha pensado com seus botões: "Oh velho mentiroso." Mas é isso aí, o motociclismo renova as pessoas, rejuvenesce o corpo e a alma. Quem não quiser acreditar é problema dele, mas este "velhinho" aqui pretende chegar aos 100 anos em cima de uma moto por este velho Brasil afora. Um abração para os "irmãos" de estrada.
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