terça-feira, 6 de novembro de 2012

Conheça a vida de Keanu Reeves

Ele não tem um diploma. Freqüentou a Escola de Artes de Toronto mas foi expulso antes de terminar o curso. Aos 19 entrou no “Leah Posluns”, uma escola de teatro da comunidade. Através dessa escola conseguiu seu primeiro papel no teatro: Wolfboy, em 1984, estréia profissional no palco. A peça era extremamente forte e audaciosa para a época, com as fotos de Keanu e outro ator em poses mais do que provocantes, viraram sensação em Toronto. Dois anos depois o diretor Rob Lowe chegou ao Canadá para filmar Youngblood, drama sobre hockey.
Chegou em Hollywood, Los Angeles, Califórnia em 1986, com apenas USD 3,000 no bolso, e foi para a casa de seu ex-padrasto Paul Aaron. Nesse mesmo ano, após conseguir o papel de um jovem defeituoso em Juventude Assassina (River's Edge - 1986), Reeves chamou a atenção de diretores e críticos de performance. Em 1988, teve um acidente sério com a moto, quebrando várias costelas. Com a carreira deslanchando e ganhando um bom dinheiro, Keanu passou a cultivar sua paixão por motocicletas.
Como sempre aparentou menos idade e apesar dos 25 anos, continuava com cara de adolescente, embora já estivesse cansado de interpretá-los. Ele queria partir para filmes que tivessem personagens de sua própria idade. Reeves tornou-se o queridinho dos filmes adolescentes alternativos dos anos 80, tendo se destacado do “brat pack”, grupo de atores “certinhos” que faziam sucesso na época. Um dos mais famosos personagens é o Theodore Logan, o Ted, dos dois filmes da série Bill e Ted. Por um bom tempo foi confundido com o jeito desencanado do garoto. A seguir veio Parenthood, com um grande elenco. Foi durante esse período que conheceu River Phoenix, que viria a se tornar o seu melhor amigo.
É conhecido por agir sempre fora dos padrões e, seguindo seu coração, se comprometeu a fazer um projeto de sonho: Hamlet, de Shakespeare. Em uma produção pequena, na cidade de Winnipeg, no Canadá, uma peça dirigida por Lewis Baumander e vários atores desconhecidos. Os ingressos para a peça se esgotaram em questão de dias, com fãs vindo de todos os lugares do mundo (um enorme grupo vindo do Japão surpreendeu a imprensa com sua devoção a Keanu), tornando a peça uma atração turística na cidade. Críticos de todo o país e da Inglaterra também foram a Winnipeg ver Keanu e não dá nem para imaginar a pressão que ele sofreu na época. Corre a história de que até seus agentes se recusaram a ir vê-lo, temendo uma humilhação pública do cliente teimoso, que deveria estar em Hollywood fazendo filmes e não no interior do Canadá em um teatro insignificante. Keanu estreou nervoso, recebeu muitas críticas, mas não desistiu. Foi melhorando até chegar ao ponto que queria. Um dos mais respeitados críticos de teatro da Inglaterra, Roger Lewis, disse que Keanu foi um dos três melhores Hamlets que ele já vira. Disse que Keanu "era Hamlet": "Keanu personificou a inocência, a fúria esplêndida, a graça animal e a violência emocional que compõem o Príncipe da Dinamarca. Ele é um dos três melhores Hamlets que já vi, por uma simples razão: ele é Hamlet"
Estrela de Reeves na Calçada da Fama em Hollywood.
Em um filme, que nunca chegou a ser produzido, Keanu faria o papel de um morador de rua que ganharia na loteria. Para isso, procurou ver como realmente era a vida dessas pessoas. Com US$ 20.00 e uma escova de dentes foi literalmente morar nas ruas de Los Angeles. “Na primeira noite eu estava apavorado, pois ouvia outros sem-teto gritando enquanto dormiam ou conversando entre si sobre roubar meu papelão”. Keanu ficou nas ruas até o 4º dia, quando foi reconhecido e fotografado. A história foi toda deturpada e muito se comentou sobre a “decadência” do ator. Logo depois revelou a sua identidade aos sem-teto com quem conviveu e os levou para jantar, ficando espantado quando, em vez de lagosta e champanhe, seus “companheiros” pediram para ir ao Mc Donald’s. No ano de 97 um fato deixou a imprensa e os fãs estarrecidos. Um grupo de turistas japoneses que visitavam Los Angeles fotografaram Keanu, embriagado, dividindo uma garrafa de bebida alcoólica sentado na sarjeta junto com um mendigo. Ninguém entendeu nada e essas imagens correram o mundo. Os assessores de Keanu, trataram desde logo de esclarecer, dizendo que ele estava fazendo pesquisa para um filme que iria fazer. Não disseram para que filme seria, nem se o papel aconteceu. E ele também não tocou no assunto.
Em 1995, constou na lista da revista People como uma das 50 pessoas mais bonitas do mundo; ficou em 1999, na 27ª posição, na revista Empire, na lista das 100 maiores estrelas cinematograficas de todos os tempos.

Keanu demonstrou o seu real potencial ao lado de Sandra Bullock em Speed (pt:Speed- Perigo em Alta Velocidade/br:Velocidade Máxima), grande sucesso no mundo (121 milhões de dólares) de bilheteria. Aceitou o papel nesse mesmo filme de um diretor desconhecido com a permissa: um policial tem que impedir que um ônibus ande abaixo de certa velocidade pelas ruas de Los Angeles, ou ele explode. Não parecia um sucesso de jeito nenhum e muitos em Hollywood se referiam a ele como o "filme do ônibus". Keanu ainda quase matou os produtores do filme, que o queriam com o visual de Point Break, sendo que ele estava com os cabelos quase nos ombros, e a dias do início das filmagens apareceu com a cabeça quase rapada. Ele dizia que não havia policiais da SWAT com cabelos compridos! Os produtores queriam uma peruca. Ele não a colocou de jeito nenhum. O diretor, então, convenceu os produtores que em mais duas semanas aquele cabelo cresceria um pouco... Fez todas as cenas em Speed, dispensando duplos - A cena em Speed, do pulo do Jaguar para o autocarro, e a cena dele embaixo do ônibus, foi ele próprio que a fez.
Na noite de 30 de Outubro de 1993, quando estava a gravar Speed, recebeu a noticia da morte de River Phoenix, que teve uma overdose na frente do Clube Viper Room (que era do ator Johnny Depp na época). Keanu, ao contrário de muitos amigos de River, se recusou a falar sobre o caso e a fazer homenagens a ele. Não foi ao velório ou ao enterro. Quando não tinha saída, dizia apenas "foi um choque terrível e um acidente – não consigo entender como aconteceu". O diretor de Speed, Jan de Bont, reorganizou o calendário de filmagens para acomodar os sentimentos de Keanu sem ter que parar totalmente de rodar, mantendo-o trabalhando de forma a esquecer um pouco do trágico evento. Tempos depois Keanu diria: "Tudo o que posso dizer é que eu nunca senti nada como aquilo na minha vida. Foi muito triste, mais do que isso, eu chorava por horas a fio".
Os produtores queriam uma sequência para Speed. A sequência para o mega-sucesso se passaria no mar, em um barco controlado por um assassino terrorista. Sandra Bullock estaria ao seu lado novamente e o salário oferecido era astronômico e digno dos astros top da época. Mas o que ninguém imaginava aconteceu: contra tudo e todos (até mesmo contra seus próprios agentes), Keanu recusou a oferta, pois não gostou do roteiro. Em uma entrevista, declarou: "qual a velocidade que um barco daquele tamanho anda? Não seria mais fácil todo mundo pular na água então?". Foi chamado de todos os nomes pejorativos possíveis em Hollywood, de "prima-donna" a "burro", mas nada o fez voltar atrás em sua decisão. Ironicamente, hoje há quem sustente que a recusa de Keanu Reeves em estrelar essa continuação foi a melhor manobra de sua carreira, já que o filme é considerado uma das piores bombas (as chamadas "box office bombs") cinematográficas já produzidas; caso ele tivesse aceito a oferta, o papel poderia ter arruinado sua carreira.

Matrix

Voltou no papel principal romântico para provar sua virilidade em A Walk in the Clouds (br: Caminhando Nas Nuvens). Também deixou de trabalhar com Al Pacino e Robert De Niro em Fogo contra Fogo. Entre 1996 e 1997, sofreu um acidente de moto e retornou com visual meio desleixado em Chain Reaction (br: Reação em Cadeia) e, em 1997 finalmente dividiu as telas com Al Pacino no suspense The Devil's Advocate (br: O Advogado do Diabo). Na ficção, com Johnny Mnemonic, teve resultado pífio. Já em Matrix ganha um dos maiores destaques em 1999, onde interpreta um líder na revolta social contra computadores, que deu a ele grande retorno na cinematografia, assim como nas sequências, em 2003, The Matrix Reloaded e The Matrix Revolutions. Atuou em praticamente todas as cenas de Matrix, dispensando dublês e arracando elogios de mestres de kung-fu como seu treinador, Yuen Wo Ping e o ator Colin Chou, que interpretou o personagem Seraph e sabe de artes marciais desde pequeno.
Em 2006, doze anos depois de atuarem juntos em Speed, Keanu volta às telinhas com a atriz Sandra Bullock em The Lake House (pt: A Casa da Lagoa; br: A Casa do Lago) dirigido por Alejandro Agresti, onde foi sucesso absoluto principalmente no Japão.
Em Constantine (2005) ele incorpora o exorcista ocultista John Constantine que não levava muita Fé em Deus.Ele conhece a policial Angela Dodson (Rachel Weisz), e decide ajuda-la em um misterioso caso que havia ocorrido com sua irmã. John precisou morrer 2 vezes para descobrir o grande valor de Deus e que ele sempre tem planos para nos. Juntos descobrem que um anjo estaria por trás de toda história e ele decide fazer algo que poderia acabar com sua vida.

Vida pessoal

Viveu em hotéis, na década de 90, andando de moto e tocando na banda grunge Dogstar, onde foi baixista até ao fim da banda em 2002.[2] Vive em Hollywood, Califórnia, EUA, desde o ano de 2003.
No dia 31 de janeiro de 2005, Keanu finalmente foi agraciado com uma estrela na Calçada da Fama de Los Angeles, tendo seu nome eternizado entre os maiores artistas do cinema.

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